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Coretos - Lugar de Memórias

teatro | todos | 00h40

Uma produção para espaços exteriores e que tem como tema central o lugar das nossas memórias, as históricas e as pessoais.

Fora de Cena

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sinopse

Esta é uma grande produção para espaços exteriores e que tem como tema central o lugar das nossas memórias, as históricas e as pessoais.

CORETOS, testemunhos de histórias.

O espetáculo

É uma viagem aos espaços e lugares da nossa memória pessoal que se cruza, necessariamente, com a nossa memória coletiva, com a nossa memória histórica.
Não faremos um percurso linear, mas seguiremos da infância ao limiar da vida, e quase como numa viagem de comboio, veremos passar rapidamente pela janela lugares, atividades, sons, objetos que quase desapareceram e que nos trazem uma certa nostalgia do passado. Onde se perderam os sons dos pregões populares, do amola tesouras, das bandas filarmónicas a tocarem nos coretos?
Pela janela passará, também, o nosso passado histórico – as histórias do trabalho, da emigração, o peso da ditadura, a guerra do ultramar, a alegria e a cor de uma revolução... histórias da nossa memória coletiva recente que foram repetidas ao longo dos séculos, como um movimento de espiral, circular.
Num circuito mais pequeno vimos, também, repetir a nossa infância e as nossas vivências nos nossos filhos e netos.
E quando parece que tudo termina, prepara-se um novo começo.

Este é um espetáculo de imagens, predominantemente físico e visual, com alguns pequenos textos ou poemas de autoria de Fernando Namora, Sophia de Mello Breyner Andresen, Almada Negreiros e Miguel Torga.
Ilda Teixeira

Sobre o processo

Começámos em Fevereiro uma primeira fase de formação, em que os atores tiveram um pequeno contato com as técnicas de clown e algumas particularidades e exigências do teatro de rua e do teatro físico. Uma das principais exigências de qualquer espetáculo é a comunicação. Comunicar histórias, emoções, vivências. Olhar o público nos olhos e partilhar com ele o espetáculo, torná-lo parte da história e não um mero observador.
No começo não havia nada. Apenas uma imagem – os coretos. Partimos daí para a ideia de o “coreto” ser um testemunho da memória, um lugar do passado, um lugar quase abandonado, esquecido, um mero adorno da praça, vivo, apenas porque conserva memórias da história.
Iniciamos um período (mais de um mês) totalmente dedicado à improvisação com o objetivo de podermos gerar muito material, que seria depois selecionado para fazer a composição final. Propus-lhes diversos pontos de partida, às vezes apenas uma ideia, outras uma pequena acrobacia, uma imagem, uma música, uma notícia…
Tudo parecia ter vários caminhos, uma árvore com muitos ramos. Aos poucos fui selecionando aquilo que me parecia melhor, foi necessário esquecer ou cortar alguns ramos para que o tronco principal crescesse com mais força.
A estrutura foi-se fazendo e clarificando passo a passo entre a construção de novas cenas e a reciclagem de algumas cenas que surgiram no trabalho de improviso anterior.
I.T.

sobre os coretos

Lugares de referência da aldeia ou da cidade, situados no adro da igreja, no jardim público no centro da praça principal, os coretos foram um espaço notável de descentralização e democratização cultural, não só em Portugal como na Europa. Os ideais de igualdade da revolução francesa fizeram eco e a cultura saiu de casa, dos teatros e dos meios intelectuais para vir para a rua, para o meio do povo. Ali, onde o analfabetismo reinava, ouviam-se as bandas filarmónicas, cultivando-se, assim, o gosto pela música e mais tarde pelo teatro.
Foram, mais tarde, palcos de manifestações políticas e sociais e alguns foram testemunhos de mais de um século de história da cultura portuguesa, assistiram à queda da monarquia e à instalação da república, à primeira e à 2ª guerras mundiais, à passagem da ditadura salazarista a novos dias de liberdade.
Testemunharam também estórias com rosto, relatos de sofrimento, de luta, mas também de esperança, de liberdade e amor. Viram crescer e (alguns) envelheceram sem morrer.
I.T.

ficha artística

  • DIREÇÃO E DRAMATURGIA: Ilda Teixeira
  • POEMAS E TEXTOS: Almada Negreiros, Fernando Namora, Miguel Torga, Sophia de Mello Breyner Andresen, Ilda Teixeira
  • INTERPRETAÇÃO: Hugo Silva, Isa Rodrigues, José Pedro Ramos, Mara Maravilha, Márcia Leite, Mariana Veloso, Paulo Neves, Rui Pêva, Sara Figueiredo, Victor Rodrigues
  • DIREÇÃO E COMPOSIÇÃO MUSICAL: Paulo Neves
  • CENOGRAFIA E ADEREÇOS: Mara Maravilha
  • FIGURINOS: Mara Maravilha, Tânia Gouveia
  • OPERAÇÃO DE LUZ: André Cardoso
  • FOTOGRAFIA: José Leitão Silva
  • DESIGN: http://www.colorinweb.com
  • PRODUÇÃO: Teatro Onomatopeia 2010, Z1Z1-AC

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Vídeo Promocional (Fotos)
Vídeo Promocional (Filmagem)


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